Fox estréia série policial produzida no Brasil
No embalo da enxurrada de produções policiais estrangeiras de sucesso, como Nova York contra o crime, CSI, The Shield e Lei & ordem, a Fox leva ao ar, dia 10, seu equivalente em minissérie, 9mm: São Paulo.
Primeiro seriado produzido pelo canal americano integralmente no Brasil, o programa é baseado no best-seller do jornalista Carlos Amorim, Comando Vermelho, de quem partiu a idéia.
Inspirados em histórias reais, os quatro episódios mostram o cotidiano de cinco policiais da Divisão de Homicídios de São Paulo, às voltas com investigações, tiros, palavrões, corpos, dilemas morais e demais circunstâncias do universo do crime.
Primeiro seriado produzido pelo canal americano integralmente no Brasil, o programa é baseado no best-seller do jornalista Carlos Amorim, Comando Vermelho, de quem partiu a idéia.
Inspirados em histórias reais, os quatro episódios mostram o cotidiano de cinco policiais da Divisão de Homicídios de São Paulo, às voltas com investigações, tiros, palavrões, corpos, dilemas morais e demais circunstâncias do universo do crime.
"Foi um projeto de dois anos para levar à TV a realidade da polícia brasileira e, mais do que isso, da DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa)", explica o produtor Roberto D'Ávilla, fã de seriados americanos, como todos os envolvidos na produção.
"São personagens impotentes, que não conseguem ser os heróis que gostariam, por causa da escassez de recursos".
Nove meses de pesquisa
A partir do primeiro roteiro, foram mais nove meses de pesquisa com policiais reais para criar os episódios. Gravadas em alta definição, com a câmera na mão, as imagens têm ritmo rápido, para "colocar o público na cena".
"O espectador é quase um voyer, um avatar", diz o diretor Michael Ruman, admitindo semelhanças com as produções americanas.
As comparações param por aí. Que ninguém espere máquinas mirabolantes para desvendar crimes. Para o roteirista Newton Cannito, seria falso copiar CSI, por exemplo, devido ao grau de aprimoramento científico da polícia americana.
"A tecnologia é o cérebro dos investigadores, o que os faz bater na impossibilidade de desvendar e, muitas vezes, até de prender quando o caso já foi desvendado", teoriza.
A equipe presente à entrevista nega referências ao conteúdo de produtos recentes envolvendo violência urbana, como o longa Tropa de elite, uma vez que este aborda a elite da Polícia Militar do Rio, e não uma unidade da Polícia Civil de São Paulo.
"Nosso trabalho começou um ano e dois meses antes de Tropa", ressalta D'Ávilla.
Cem atores estão no elenco. Norival Rizzo, premiado com o Shell de Melhor Ator em 2007, é Horácio, investigador veterano, de hábitos autoritários e violentos, que entrará em conflito com 3P (Nicolas Trevjano), lutador de jiu-jitsu, 30 anos, bom caráter e que está na polícia atraído pela adrenalina da profissão.
Na equipe há ainda Tavares (Marcos Cesana), novato de condutas duvidosas; e Luisa (Clarissa Kiste), moralista, dedicada e mãe solteira. Todos se reportam ao delegado Eduardo (Luciano Quirino), com mestrado em direitos humanos e grande prestígio, cujo "trabalho é dar assunto para as páginas policiais do jornais".
A série será exibida às terças, às 22h. A Fox já produz, para a primeira temporada, mais nove capítulos, que irão ao ar em março ou abril de 2009 no Brasil e, depois, em outros países da América Latina.
Diretora de programação e produção da Fox, Kátia Murgel garante que a iniciativa de produzir a série no Brasil segue uma tendência de produção local na América Latina, devido ao aumento do número de canais a cabo.
"É uma conseqüência natural do amadurecimento da TV fechada. A gente se deu conta de que o conteúdo poderia ficar escasso e que seria capaz de produzir para suprir essa carência", explica.
Fonte: JB Online e site
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