O Dia que fiz luzes.
Nunca pensei em clarear ou “aloirar” meu cabelo.
Mas o dia que fiz isso foi inesquecível!
Era um feriado, meu cabelo tava parecendo um emaranhado de q.q coisa, menos cabelos.
Não tinha nada para fazer, arrisquei ir a minha cabeleireira para uma aparada básica na cabeleira, uma que tava precisando mesmo, outra que minha cabeleireira era uma delícia! Valeria a pena, caso estivesse aberto o dito estabelecimento, ao menos para melhorar o dia e vê-la, sem contar que há tempos trocamos alguns olhares, digamos, diferentes!
Bom, cheguei no salão e sorte, estava aberto, e para completar vazio!
- Oi Laura, tudo bem? – Já cumprimentei com aquela voz melosa.
- Oi Sérgio, tudo bem e vc? Em pleno feriadão decidiu cortar o cabelo, que bom! – ela me respondeu com voz mais melosa ainda!
- Pois é Laura, e dei sorte hein, ta vazio!
- E aí o que vai ser? Vamos fazer algo diferente? Que tal umas luzes?
Dei aquela gargalhada, não sem antes olhar para suas belas pernas (ela tava de saia) e respondi:
- Nem pensar, luzes é coisa de boiola! Só um corte básico mesmo.
- Só isso que vc vai querer mesmo? Respondeu ela num tom misterioso, ou eu tava ficando louco, ou tinha uma certa malícia na sua pergunta.
Meio sem jeito respondi: - é, só isso mesmo.
- Ok, vou preparar tudo aqui.
Papo vai, papo vem e nada de corte, começamos a conversar e no meio do papo ela manda:
- Só abri hoje para me distrair, to sozinha em casa. Meus filhos estão com minha mãe e meu marido viajou.Que bom que vc apareceu, pois feriado aqui é sempre bem tranqüilo, não aparece ninguém!
Aquele comentário gelou minha barriga... e também me acendeu,confesso, já comecei a pensar um monte de bobagens.
- Vou pegar uns instrumentos na sala ao lado e já volto – disse ela.
Naquela altura já tava viajando, estava ali há um tempo e ninguém apareceu, para ajudar começou a chover e forte! Nossa agora é que ninguém aparece mesmo! Uma coisa são trocas de olhares e conversas mais calorosas, outra coisa é mexer com mulher casada, encrenca na certa, ou to sendo muito medroso? Eu to viajando mesmo!
Meus maliciosos pensamentos são interrompidos por um chamado:
- Sérgiooo? Sérgioooo vem aqui me ajudar um pouquinho...
Era a Laura, sua voz vinha de dentro da sala interna que ela foi fazer sei-la-o-que...Apesar de minha mente poluída como é, ainda não tinha caído a minha ficha.
Ao entrar na sala enxerguei uma cadeira dessas de salão de cabeleireiro, ao lado, Laura estava em pé olhando para mim com a mão na altura da cintura.
- O que foi Laura? Do que vc precisa – perguntei.
- Vem aqui mais perto.
Me aproximei...
- O que foi Laura?
- Nossa, senti uma tontura, por isso te chamei... me segura por favor se não vou cair!
Ela me pediu e logo colocou minha mão por volta da sua cintura.
- Calma, calma, senta aqui... (eu ainda inocente, juro).
Percebi que na realidade ela não estava nada tonta, me abraçou de uma forma como se eu tivesse enganchado nela, em seguida encostou seu pescoço no meu seguido de uma leve lambida nas costas da minha orelha.
Agora caiu a ficha...
Correspondi prontamente, comecei a beijá-la, que loucura, a mulher parecia que não beijava há anos, queria me engolir!
Logo a levantei numa mesinha ao lado e as caricias e beijos só aumentaram! Incrível, sem nenhuma palavra, meu coração disparava, adrenalina a mil, ainda mais que a porta da frente da sala principal estava aberta! Aquele misto de perigo deixa tudo mais excitante. E se chegasse outro cliente? Ô Bendito São Pedro, manda mais água que quero é me afogar!hahaha.
A coisa foi rolando, a mão foi rolando... me perdi naquele par de pernas maravilhosos e ela não desgrudava, que coisa fantasticamente louca! Essas coisas não acontecem! Não é possível, mas já que aconteceu, quero mais me esbaldar!
Ouvimos um barulho... mas não liguei muito. Ela mais esperta (as mulheres sempre são nesses casos) me empurrou e fez o famoso gesto do dedo em riste de fronte ao nariz, obviamente me pedindo silêncio. Foi então que meu mundo caiu, ou seja, a casa caiu!
Do salão principal ouvimos:
- Lauraa, Lauraaaa?
Pensei logo num cliente chato chegando em plena chuva, quando ela lança em tom desesperador, mas com voz de sussurro:
- Meu Marido!!!!
Não podia acreditar, isso era coisa de novela, filme, não era possível estar acontecendo comigo!
Vcs não tem idéia de como gelei naquele momento, imagine jogar um gato num canil de pitbuls, pois é... eu era o gato!
E chamar o marido da Laura de Pitbull é bondade... o cara era policial, sargento para ser mais exato e com várias premiações por sua boa pontaria. É, eu sei, vcs devem estar pensando agora, se eu sabia desse perigo todo, como me meti nisso?
Pois é gente... pensar com a cabeça de baixo ás vezes da nisso.
Pronto, morri... pensei...
- Laura, amor? Vc ta aí?
Ai... aquele “Laura amor” só aumentava meu desespero, fui mexer com um corno, que tem arma e é apaixonado pela mulher...to morto mesmo, não tinha dúvida...já estava pensando em tudo que vivi até ali.Aquele famoso minha vida passa por um segundo na nossa mente no momento da morte!
- Fica quieto, eu vou lá – me disse a Laura, baixando a saia e me deixando apagado (apagado? Que termo para eu usar agora!!!).
Tinha que pensar, tinha que pensar, pensa, pensa seu burro! No que fui me meter... fiquei escutando a conversa que vinha do salão principal para ver se tinha alguma idéia. Ta certo que ali é um salão de cabeleireiro, posso ser um cliente, mas quem deve teme né?
- Quem ta aí com vc amor? – perguntou o marido.
- Um cliente – respondeu Laura com a maior cara de pau e calma do mundo!
- Cliente, nesse feriado e com essa chuva? – Eita, o corno desconfiou.
- O que que tem amor? Que bom que tenho um cliente!
A essa altura eu já estava pensando em sair, fingir que era gay, mas essa é bem manjada... putz ...hoje eu morro!!...Comecei a olhar para o lado, precisava pensar rápido e coloquei na cabeça uma toalha, touca ou sei lá o que era na cabeça, respirei fundo e saí.
- Oi Laura, acho que já ta pronto – falei...
O olhar do marido era uma mistura de raiva com dúvida e sem contar que ele tava todo molhado, estava com uma camiseta branca e com a chuva dava para perceber o volume do “berro” na cintura do menino!
- Senta aqui para continuarmos – apontou Laura para a cadeira.
Fui caminhando em direção da cadeira, minhas pernas estavam bambas e o fulaninho me olhava de um jeito que tava vendo a hora dele cair dentro!
- Amor vai tirar essa roupa molhada, aqui vou demorar mais um pouquinho.
Ele entrou, não antes de ficar me medindo... que alívio.
- Seu louco! Disse Laura em voz baixa.
- Eu louco?
- Bem vamos logo. Disse ela , dessa vez não tão mais doce como tava antes.
Ela me chama de louco, pode até ser, mas ela não fica longe com sua “tontura”!
Ela tirou a touca e levei um susto, sei lá o que tinha lá, mas meu cabelo tava todo manchado de vermelho, castanho sei lá, tava uma bosta!
Com um sorriso irônico, ela me disse:
- Agora só fazendo luzes para arrumar!
Pois é gente... pensar com a cabeça de baixo ás vezes da nisso.
Pronto, morri... pensei...
- Laura, amor? Vc ta aí?
Ai... aquele “Laura amor” só aumentava meu desespero, fui mexer com um corno, que tem arma e é apaixonado pela mulher...to morto mesmo, não tinha dúvida...já estava pensando em tudo que vivi até ali.Aquele famoso minha vida passa por um segundo na nossa mente no momento da morte!
- Fica quieto, eu vou lá – me disse a Laura, baixando a saia e me deixando apagado (apagado? Que termo para eu usar agora!!!).
Tinha que pensar, tinha que pensar, pensa, pensa seu burro! No que fui me meter... fiquei escutando a conversa que vinha do salão principal para ver se tinha alguma idéia. Ta certo que ali é um salão de cabeleireiro, posso ser um cliente, mas quem deve teme né?
- Quem ta aí com vc amor? – perguntou o marido.
- Um cliente – respondeu Laura com a maior cara de pau e calma do mundo!
- Cliente, nesse feriado e com essa chuva? – Eita, o corno desconfiou.
- O que que tem amor? Que bom que tenho um cliente!
A essa altura eu já estava pensando em sair, fingir que era gay, mas essa é bem manjada... putz ...hoje eu morro!!...Comecei a olhar para o lado, precisava pensar rápido e coloquei na cabeça uma toalha, touca ou sei lá o que era na cabeça, respirei fundo e saí.
- Oi Laura, acho que já ta pronto – falei...
O olhar do marido era uma mistura de raiva com dúvida e sem contar que ele tava todo molhado, estava com uma camiseta branca e com a chuva dava para perceber o volume do “berro” na cintura do menino!
- Senta aqui para continuarmos – apontou Laura para a cadeira.
Fui caminhando em direção da cadeira, minhas pernas estavam bambas e o fulaninho me olhava de um jeito que tava vendo a hora dele cair dentro!
- Amor vai tirar essa roupa molhada, aqui vou demorar mais um pouquinho.
Ele entrou, não antes de ficar me medindo... que alívio.
- Seu louco! Disse Laura em voz baixa.
- Eu louco?
- Bem vamos logo. Disse ela , dessa vez não tão mais doce como tava antes.
Ela me chama de louco, pode até ser, mas ela não fica longe com sua “tontura”!
Ela tirou a touca e levei um susto, sei lá o que tinha lá, mas meu cabelo tava todo manchado de vermelho, castanho sei lá, tava uma bosta!
Com um sorriso irônico, ela me disse:
- Agora só fazendo luzes para arrumar!
Bem, resumindo. Acabei fazendo a tal das luzes para consertar a cagada, mas tava feliz de estar vivo. Prometi a mim mesmo que nunca mais me envolveria com mulher dos outros!
Claro que troquei de salão e nunca mais vi as belas pernas de Laura.
Hoje vou a outro salão.
Entrei e estava vazio, só não era feriado. Já tinha esquecido dessa história que contei, quando a bela cabeleireira morena me fala:
- E ai, o que vai ser hoje, vamos fazer luzes?
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